quinta-feira, 2 de junho de 2011

Coordenação Estadual do SINTE/SC terá audiência nesta quinta (2 de junho) com o governador

Categoria espera que governo retire MP, que achata a tabela salarial de todos os trabalhadores em educação, da Assembleia Legislativa

Finalmente, a Coordenação Estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação – SINTE/SC – terá audiência, nesta quinta-feira, dia 2, com o governador do Estado. O Comando de Greve da entidade permaneceu, durante toda a tarde desta quarta-feira, no Centro Administrativo. Ao final da manifestação, os trabalhadores em educação receberam comunicado, por parte do governador, que terão audiência.

Na avaliação da Coordenadora Estadual do SINTE/SC, professora Alvete Pasin Bedin, “a nossa mobilização de greve, com o apoio público de tantas lideranças de Santa Catarina, demonstrou organização e consciência da nossa categoria. Esperamos, agora, que o governo do Estado retire a Medida Provisória da Assembleia Legislativa, documento que achata a tabela salarial de todos os trabalhadores em educação”, destaca a líder sindical.


Conforme Alvete, “a categoria está consciente quanto à implantação do Piso Salarial Profissional Nacional, e o SINTE/SC, como entidade representante legítima, não pretende negociar esse direito conquistado, que já vigora em todo o Brasil. Lamentavelmente, Santa Catarina, um dos mais ricos pólos econômicos, tem se mantido como Estado que desvaloriza a educação”, acentua.

Além de ouvir nova proposta do governo do Estado, o Comando de Greve do SINTE/SC pretende reiterar a pauta de reivindicações da categoria. “O governo precisa abrir diálogo, para que possamos somar, em prol de uma educação pública gratuita de qualidade, com valorização de todos os trabalhadores”, enfatiza a Coordenadora Estadual do SINTE/SC.

DECLARAÇÃO PÚBLICA DA FRENTE DE APOIO AO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL

Entra governo e sai governo e a promessa é que a educação será prioridade. Passada as eleições, vemos que tudo não passou de promessas. Em Santa Catarina, com o Governo Colombo, continuidade de Luiz Henrique, não é diferente.

Em 2008, depois de muita luta, as trabalhadoras e os trabalhadores do magistério público estadual obtiveram uma vitória com a aprovação da lei do piso nacional. Agora, na fase de implementação do piso, a luta continua. Os governadores não respeitam a lei do piso. Só invocam a lei quando lhes interessa.

Com a heróica greve dos professores, todas as mazelas da educação vieram a público, a começar pelo salário de fome que é pago. Santa Catarina tem o pior piso salarial do país. O Governo Luiz Henrique entrou na justiça para não pagar o piso. O Governo Colombo manteve a mesma postura de não reconhecer os direitos das trabalhadoras e trabalhadores.

Então, a greve do magistério público estadual veio forte. Despertou imediatamente a simpatia de toda a sociedade. Denunciou em cores vivas as mazelas da educação que os governos não conseguem mais esconder.

O governo Colombo se mantém na contramão da história. Mantém-se defendendo o atraso com uma proposta de pagamento do “piso” que destrói o plano de carreira dos professores, desvalorizando assim, os que têm mais tempo de dedicação e estudo. O magistério público estadual rejeitou o golpe aumentando sua greve e a sociedade mantém o apoio.

Outra lamentável postura do Governo Colombo é mentir para toda a sociedade de que não tem dinheiro para pagar o piso e investir mais em educação. Não é verdade! Recente auditoria nas contas dos dois governos Luiz Henrique demonstrou que foram desviados R$ 1,670 bilhões da educação. As projeções de crescimento das receitas do governo Colombo não param de crescer para 2011. A receita do estado em 2010 foi de aproximadamente R$ 13,4 bi. Primeiro projetou-se, com o crescimento de arrecadação estimado para 2011, que o orçamento iria para R$ 15 bi, mas com os primeiros resultados fiscais do ano a projeção já é de R$ 16 bi. Como não tem dinheiro para educação?

Nós, abaixo-assinados, manifestamos nosso apoio incondicional a greve do magistério público estadual. Conclamamos a sociedade para que mantenha e aumente seu grande apoio. Defendemos, junto do magistério público estadual, maiores investimentos em educação pública e a aplicação imediata da lei do piso nacional com respeito à carreira em Santa Catarina. Repudiamos, por fim, qualquer eventual tentativa do Governo Colombo de punição da greve com demissões, criminalização de lideranças ou ataques ao direito de greve e de livre organização.

TODO APOIO À GREVE DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL!

PELA APLICAÇÃO IMEDIATA DO PISO NACIONAL COM RESPEITO À CARREIRA!

fonte:www.cut.org.br

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