Os servidores do Serviço Funerário de São Paulo decretaram greve a partir das 6h desta terça-feira (21).
De acordo com o Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo), que representa os servidores, eles reivindicam aumento salarial de 39,79%, estender gratificações a todos os funcionários, plano de carreira e melhores condições de trabalho.
Os funcionários Serviço Funerário dizem estar sem reajuste real há mais de 20 anos. O Sindsep afirma que eles foram os únicos a decretar greve, mas outros servidores municipais farão assembleia nesta terça, na região central, para definir se também cruzam os braços. Eles estão em estado de greve desde a semana passada.
O sindicato reúne trabalhadores da saúde, Iprem (Instituto de Previdência Municipal) e de autarquias municipais.
De acordo com Irene Batista de Paula, presidente do sindicato, a prefeitura tem dado aumento de 0,01% nos últimos anos --índice menor que a inflação-- e disse que vai enviar à Câmara um projeto para estender a gratificação, mas não deu prazo.
Outra reivindicação da categoria é o aumento no salário inicial dos servidores, que hoje está em torno de R$ 440. Eles pedem R$ 1.600, mas a prefeitura ofereceu R$ 630, somando benefícios.
De acordo com dados da Secretaria de Planejamento, o Serviço Funerário Municipal tem 1.366 servidores ativos. Ele é responsável pelos cemitérios e faz o transporte dos corpos de hospitais e prédios do IML (Instituto Médico Legal) para as funerárias e velórios.
Caso haja adesão total à greve, há risco de acúmulo de corpos nos hospitais e IML.
fonte: www.folhasp.com.br
Greve sob o signo da covardia, e insensibilidade humana. Impossível identificar argumentos que justifiquem um movimento que atinge de cheio a população, em um momento de alta vulnerabilidade para si e familiares, situação que têm de lidar com a morte de uma pessoa próxima/querida. Isso do ponto de vista de sensibilidade humana. De ponto de vista estratégico-grevista, indica completa falta de inteligência, pois ressalta mais a face desumana dos dirigentes/participantes e menos o lado reivindicatório. Diante da massa de servidores -- numéricamente expressiva --, é lamentável que a escolha tenha recaído exatamente sobre um segmento da população, completamente exposte vulnerável num momento de dor (morte de um ente querido), para ser bode expiatório e servir de ponto de apoio a uma reivindicação. Esta, a partir disso, ganha o significado e a mancha de chantagem com tintas de covardia.
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