quinta-feira, 23 de junho de 2011

Servidores municipais de Curitiba aprovam indicativo de greve


Movimento pode ser deflagrado no início do mês de agosto, caso não haja avanços nas negociações


Em assembleia realizada na segunda-feira (20), os servidores municipais presentes na paralisação de 24 horas aprovaram um indicativo de greve. O movimento pode ser deflagrado no início do mês de agosto, caso não haja avanços nas reivindicações da categoria. A principal exigência é a incorporação dos R$ 250 de remuneração variável aos salários para todos os servidores. A decisão foi tomada por unanimidade, em frente à câmara municipal, após as negativas do prefeito e da maioria dos vereadores em melhorar os projetos que alteram condições de trabalho.

Os servidores concentraram-se no entorno da câmara municipal no período da tarde, logo após uma passeata realizada por ruas do centro da cidade.

Surpreendentemente, ao chegarem no local, foram impedidos de entrar no auditório, ao contrário de cargos comissionados, que ocuparam boa parte do espaço. O fato não impediu que os servidores fizessem muito barulho com apitos e palavras de ordem em protesto.
Para a secretária de comunicação do Sismuc, Alessandra Cláudia de Oliveira, a paralisação atingiu o objetivo. “Foi significativo, porque a gente precisava dar um susto nesse prefeito. Cada vez mais os servidores estão entendendo que é preciso se mobilizar e erguer a cabeça para conquistar as coisas. Eu acho que a categoria conseguiu entender a verdadeira cara da gestão Beto/Ducci”, diz. Ainda segundo ela, o protesto marca o descontentamento da categoria para com a política do prefeito.
Cerca de mil pessoas participaram da concentração e da passeata. Segundo estimativa da diretoria do sindicato, cerca de 50% dos servidores aderiram ao movimento, em protesto aos baixos salários. O levantamento foi realizado após a visita nos locais de trabalho iniciada hoje, às 6 horas da manhã.
Punições
Preocupados com as ameaças das chefias em punir os que aderiram à paralisação, os servidores solicitaram apoio no retorno aos locais de trabalho. Os diretores do Sismuc fazem algumas orientações: Descontos nos salários, redução de notas em estágio probatório, nas avaliações de desempenho ou qualquer outra prática que caracterize assédio moral devem ser denunciadas ao sindicato. A assessoria jurídica está sendo colocada a serviço dos servidores para evitar que sejam cometidas arbitrariedades contra atividades sindicais.
fonte:www.cut.org.br

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