quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Correios ainda têm 10% dos funcionários parados, diz federação

A federação que representa os funcionários dos Correios, a Fentect, avalia que cerca de 90% dos funcionários que estavam em greve retornaram ao trabalho nesta quinta-feira.

A greve dos Correios começou no dia 14 de setembro e durou quase um mês. O TST (Tribunal Superior do Trabalho) determinou na terça-feira que os funcionários retornassem ao trabalho a partir da meia-noite desta quinta-feira. A multa por descumprimento é de R$ 50 mil por dia aos funcionários.

De acordo com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares), apenas não encerraram totalmente a paralisação os sindicatos que realizaram assembleias no fim da manhã e início da tarde --caso das entidades de Minas Gerais, Pará e de São José do Rio Preto (SP).

O sindicato de Campinas já realizou a sua assembleia, mas decidiu retornar a partir da zero hora de sexta-feira. A Fentect estima que essas entidades representam 11 mil funcionários (o efetivo da empresa é de 110 mil).

"Mas não podemos dizer que todos esses não voltaram ao trabalho, porque muitos trabalhadores desses locais já tinham retornado antes mesmo das assembleias", disse José Gonçalves de Almeida, um dos diretores da Fentect.

A federação também relata que, na Paraíba e no Piauí, os supervisores regionais não permitiram que os funcionários retornassem ao trabalho na parte da tarde. "Eles realizaram assembleias às 11h, então só voltaram à tarde e foram barrados. É a famosa TPG, a tensão pós-greve", afirma Almeida. Os Correios afirmam que irão checar essa informação.

A Fentect estima que 600 milhões de objetos estejam com a entrega atrasada, muito mais que os cálculos dos Correios --184 milhões até a última terça-feira. A empresa realizou um mutirão no feriado de 12 de outubro e entregou 8 milhões de correspondências e encomendas atrasadas.

Os Correios afirmam que vão divulgar no fim do dia um balanço sobre o retorno dos funcionários grevistas ao trabalho e sobre o volume de carga atrasado atualmente.

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