Motoristas e cobradores de ônibus urbanos de Belo Horizonte aceitaram na tarde desta quarta a proposta de reajuste de 9% feita pela Justiça do Trabalho e aguardam a posição das empresas para suspender a greve.
Na prática, no entanto, toda a frota de ônibus voltou às ruas na manhã de hoje.
Em assembleia que aprovou a proposta do TRT (Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região), os trabalhadores decidiriam aguardar a resposta patronal oficialmente em greve.
O presidente do sindicato dos trabalhadores, Ronaldo Batista, disse que a categoria respeitaria a determinação da Justiça de manter 70% dos ônibus circulando nos horário de pico (6h às 9h e 17h às 20h) e 50% no resto do dia.
A tendência, porém, é que os ônibus continuem circulando normalmente na quinta-feira. A declaração do sindicalista teve o único propósito de manter a categoria em alerta, para o caso de os patrões recusarem a proposta do TRT.
Segundo a BHTrans (empresa municipal que gerencia o transporte), o dia de hoje começou com 84% das viagens dos ônibus urbanos, em média, sendo cumpridas nas cinco estações terminais do sistema BHBus. Às 11h, o percentual atingiu 100%.
A proposta de reajuste de 9% do TRT feita em audiência de conciliação na noite de terça-feira (13) não agradou aos representantes das empresas, que consideraram o percentual elevado.
Patrões e empregados têm até as 13h de hoje para responder à Justiça. Se as empresas não aceitarem, a situação irá a dissídio coletivo.
A primeira proposta das empresas foi de reajuste de 13%, com aumento da carga horária diária em 20 minutos. Os trabalhadores recusaram, e o sindicato patronal ofereceu 6% de aumento.
Os trabalhadores pediam 20%, mas aceitaram a proposta de 9% da Justiça, considerada melhor do que a patronal. Além disso, nas últimas greves a categoria recusou a proposta de conciliação e, no dissídio, não conseguiu ganho acima da inflação.
fonte: folhasp.com.br / em.com.br
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