quinta-feira, 8 de março de 2012

Professores do DF entram em greve

Mais de 6 mil professores do DF decidem entrar em greve em assembleia realizada em frente ao Palácio do Buriti, em Brasília

Os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram na manhã desta quinta-feira entrar em greve por tempo indeterminado.

A paralisação foi decidida em assembleia com 6.000 pessoas realizada em frente ao Palácio do Buriti e está programada para começar a a partir da próxima segunda-feira (12). A rede pública do Distrito Federal conta com 27,7 mil professores.

Os professores reivindicam reajuste salarial, mas não estabeleceram um índice para o aumento. A categoria quer uma rodada de negociações com o governo do Distrito Federal para fechar uma política de reajustes para 2012, 2013 e 2014.

O Sinpro-DF (Sindicato dos Professores do Distrito Federal) exige que o governo repasse pelo menos o reajuste do Fundo Constitucional do Distrito Federal 13,9%.

Os outros pontos da pauta de reivindicações são a reestruturação do plano de carreira, plano de saúde e a convocação de professores concursados para suprir a defasagem.

Por meio de seu porta-voz, Ugo Braga, o governo do Distrito Federal informou que vai negociar com os professores, mas ressaltou que "não é e nem será possível" conceder reajuste. O argumento é que os gastos com pessoal fecharam o ano passado em 46,1%, perto do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (46,5%).

"Infelizmente, foi o próprio governo que tomou a decisão de greve pela categoria, ao suspender o processo de negociação sem apresentar nenhuma proposta", disse Rosilene Corrêa, uma das diretoras do sindicato.

A questão salarial dos professores é um dos assuntos mais polêmicos de educação neste início de ano. No mês passado, o Ministério da Educação divulgou o valor do novo piso salarial da categoria, que passou para R$ 1.451 (aumento de 22,22%).

Segundo a lei nacional do piso, o reajuste deve ser feito com base no aumento do gasto por aluno do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Estados e municípios reclamaram da forte alta neste ano.

A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) convocou uma paralisação nacional para os próximos dias 14, 15 e 16. Um dos principais pontos de protesto é o não cumprimento da lei do piso por grande parte dos Estados.

A lei do piso prevê, além do valor mínimo da remuneração, que um terço da jornada de trabalho seja fora da sala de aula - em planejamento de aula, correção de atividades e atendimento aos alunos.

fonte: folhasp.com.br

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