segunda-feira, 21 de maio de 2012

Professores da UnB iniciam greve por tempo indeterminado nesta segunda


Os professores da Universidade de Brasília (UnB) iniciam nesta segunda-feira (21) greve por tempo indeterminado. A medida foi decidida pela maioria dos 176 docentes que participaram da assembleia da Associação dos Docentes da UnB (Adunb) na última sexta-feira (18). Em dezembro do ano passado, a UnB tinha 2.242 professores. Por meio da Secretaria de Comunicação, a instituição informou que não vai ser pronunciar sobre o assunto.

A principal reivindicação da categoria é a reestruturação do plano de carreira, que, segundo professores, é discutida desde o ano passado com o governo federal. Na última sexta-feira (18), o Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes-SN) divulgou que professores de 39 universidades federais estavam em greve.  A paralisação das atividades docentes começou após reunião no último dia 12 com 43 representantes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).

O presidente da Adunb, Ebnezer Nogueira, disse que desde março o Ministério do Planejamento não apresenta propostas. “No ano passado nós sentamos com o ministério, negociamos e chegamos a um acordo. O que combinamos é que em março a pasta apresentaria propostas, mas passou abril e maio está chegando ao fim e até agora nada”, afirmou Nogueira.

O presidente da Adunb disse que o principal ponto da negociação é a equiparação salarial de professores com diploma de doutorado com profissionais de outras áreas. “Na UnB, um professor com doutorado começa ganhando R$ 5 mil por mês. Já na Ciência e Tecnologia, por exemplo, o pagamento sobe para R$ 10 mil. Isso não é justo, é um aumento de 100%. Queremos a equiparação salarial”, afirmou.

Reajuste
A partir do próximo mês, os professores terão um reajuste de 4%, retroativo a março, por conta  de MP publicada na segunda-feira (14) no "Diário Oficial da União", que prevê a criação de gratificações, mudanças em planos de cargos e reajuste nos salários de servidores públicos. As medidas beneficiarão quase 1 milhão de funcionários, segundo o governo.

De acordo com o Ministério do Planejamento, a medida tem um impacto financeiro de R$ 1,5 bilhão nas contas públicas, montante já previsto no Orçamento de 2012 aprovado no Congresso e sancionado pela presidente Dilma.

A MP 568/2012 autoriza alguns benefícios de imediato. No caso das gratificações, o benefício será concedido a partir de 1º de julho de 2012. A medida entra em vigor já nesta segunda, mas ainda precisa ser votada no Congresso no prazo de 90 dias. Uma comissão de parlamentares será criada para analisar o texto.

fonte: g1.com.br

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