quarta-feira, 27 de junho de 2012

Movimentos sindical e social se unem no apoio à greve na saúde em Minas Gerais


Sindicatos da base CUTista, entidades e partidos políticos também se comprometem com a luta do Sindieletro-MG contra as demissões na Cemig
Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sind-Saúde/MG
Os movimentos sindical, sociais e populares se comprometeram a dar apoio político e financeiro à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde no Estado em plenária realizada na noite de segunda-feira (25), na sede do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG), em Belo Horizonte.

Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG), dos sindicatos da base CUTista e de outras entidades também vão participar das atividades do Sindieletro-MG contra as demissões na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e em manifestações contra o golpe que derrubou o presidente paraguaio Fernando Lugo. Um manifesto conjunto será apresentado nesta quinta-feira durante o 1° Congresso Sindical da OAB, no Hotel Mercure.  Os movimentos sindicais, sociais e populares também se unirão num grande ato público na próxima semana.

O coordenador do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Renato Barros, relatou as dificuldades que os servidores e servidoras vêm enfrentando para manter a greve, deflagrada no último dia 14. “Enfrentamos a intransigência do governo, a violência da segurança armada dos hospitais e a truculência de alguns diretores das unidades quando tentamos organizar a escala mínima de atendimento à população. Integrantes do comando de greve foram agredidos no Hospital João XXIII e no Hospital Júlia Kubitscheck. Justificam a repressão dizendo que são ordens do governador. Temos resistido a tudo, às ameaças de corte de ponto e à atuação da Asthemg, que vem fazendo o jogo do governo tentando intimidar companheiros e companheiras”, afirmou Renato Barros.

Beatriz Cerqueira,  presidenta da CUT-MG e coordenadora do Sind-UTE/MG, reiterou a importância da greve dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde para o enfrentamento com o governo do Estado. “A greve na saúde conseguiu o que os educadores só alcançaram com 40 dias de paralisação: pautar a mídia. Bem ou mal, jornais, rádios e TVs falam da greve, que provocou uma reação rápida do governo do Estado. Por isso as ações precisam ser imediatas. Precisamos estabelecer uma linha de diálogo com a população.  A criminalização e a judicialização da greve não tardam. Se o governo não fizer isso, alguém vai fazer por ele.”

Jairo Nogueira Filho, secretário-geral da CUT/MG e coordenador do Sindieletro-MG, sugeriu uma rede de sustentação aos moldes do coletivo que apoiou a greve dos educadores educadoras em 2011. “O movimento da saúde vai ser longo e precisamos nos organizar para que ele seja vitorioso. A vitória dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde é fundamental para todos os movimentos sindicais, sociais e populares de Minas Gerais. E esta rede deve ser mantida, pois no segundo semestre outros movimentos vão acontecer.”

Arraiá da Indignação
 Trabalhadores e trabalhadoras da saúde em greve há 14 dias realizam uma nova assembleia nesta quarta-feira (27) no pátio da ALMG. No encontro os trabalhadores organizam um “arraiá da indignação” em repudio as ações do governo que não negocia com seriedade e busca calar os trabalhadores. Além das ameaças constantes nas unidades de saúde, o governo condiciona aos benefícios oferecidos um compromisso dos trabalhadores de “não realizar paralisações e reivindicar novas negociações até o final de 2014”. O Sind-Saúde/MG entende que a luta por melhorias salariais e condições de trabalho é um direito de qualquer trabalhador e essa mordaça imposta pelo governo é antidemocrática e antissindical.

A assembleia geral está marcada para acontecer às 10h e os trabalhadores votam se a greve será mantida. Nesta terça-feira (26) os trabalhadores da Fundação Ezequiel Dias (Funed) aprovaram a incorporação à greve. Os trabalhadores da Escola de Saúde Pública (ESP) também organizam uma passeata e decidem amanhã se aderem à greve. A concentração da passeata será às 08h30 em frente à ESP (Av. Augusto de Lima, 2061 – Barro Preto).

Até o momento, nenhuma proposta do governo que mostre a vontade política de acabar com a greve foi apresentada.

fonte: cut.org.br

2 comentários:

  1. agredidos no Julia? O que eu vi foi integrantes do movimento grevista; não todos; alguns agredindo com palavras que diminuem os porteiros e vigilantes

    ResponderExcluir
  2. Que façam greve; mas respeitem o direito de quem está trabalhando e quem quer trabalhar. Isso sim é democracia. Não alguns sindicalista ainda nas fraldas querendo ser gente grande; tem muito o que aprender; incitar a violencia é crime!

    ResponderExcluir