quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Servidores públicos em educação entram em greve a partir do dia 29 de outubro em SC


A partir de segunda-feira, 29 de outubro, os servidores públicos estaduais Analistas Técnicos em Gestão Educacional iniciam greve geral da categoria nos Cedups, Cejas, colégios agrícolas e escolas estaduais pelo direito à extensão da Gratificação de Produtividade que atualmente só é paga aos ATGEs, lotados no prédio da Secretaria Estadual de Educação.

Em Estado de Greve desde o mês de maio e há um mês paralisando as atividades nas segundas e terças-feiras em suas unidades, a categoria decidiu pela greve em Assembleia Geral, realizada  no último dia 23 de setembro, em frente ao Centro Administrativo do Governo do Estado.  

As negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de Santa Catarina e o Governo do Estado se arrastam desde 2010. E, apesar de muita promessa, o governo nada fez até agora para garantir direitos iguais a esses servidores que desde 2006, conforme a lei 13761, têm seus vencimentos diferenciados dos que trabalham no prédio da SED, com mesmo cargo e função. 

No início deste ano, o Secretário de Educação, Eduardo Deschamps, se comprometeu a resolver o problema incluindo a extensão da Gratificação de Produtividade de 60% para todos os analistas em um Projeto de Lei com orçamento para a Educação, devido à necessidade de cumprimento da Lei do Piso do Magistério. De acordo com ele, o Projeto e seria enviado até meados de agosto para votação na Assembleia Legislativa. A promessa foi afirmada também pelo Secretário de Administração Milton Martini e pelo coordenador da Coordenadoria Executiva de Negociação e Relações do Estado (Coner), Décio Bacedo, com quem o Sindicato se reuniu várias vezes para tratar do assunto.

No dia 19 de Setembro, Décio informou aos servidores, durante Assembleia da categoria, que o Projeto já estaria pronto  e o atendimento à reivindicação depende de uma vontade política do governo.

Na última terça-feira, dia 23 de outubro, enquanto tentava audiência com o secretário de Administração, que se negou a receber os servidores, a presidente em exercício do Sintespe, Maria Claudia Oliveira dos Santos, soube ainda que a informação de que o Projeto de Lei que já estaria pronto e teria sido enviado à Assembleia Legislativa não é correta. De acordo com Renata de Arruda Fett, membro da Coner, o projeto não está pronto e que, até o final do ano, nenhum projeto de aumento para os servidores será enviado para ser votado na Alesc. 

Para a presidente em exercício do Sindicato, a mobilização dos servidores está correta. “A decisão da Assembleia é soberana. Ou a categoria entra em greve ou vamos esperar até quando pela extensão da Gratificação?”, ressalta Maria Claudia.

A falta de acesso ao plano de carreira também é outro problema existente. A analista pós-graduada do Ceja de Criciúma, Flávia Serafim, tem mais de mil horas acumuladas em cursos de aperfeiçoamento e não consegue acessar o nível de vencimento adequado. O seu vencimento é contabilizado em R$ 900.

fonte: cut-sc.org.br

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