terça-feira, 13 de novembro de 2012

Europa tem dia de manifestações, paralisações e greves


A Europa está enfrentando de várias formas o dia de protestos convocado pelos sindicatos para quarta-feira, contra as medidas de austeridade previstas nos diferentes países.

Na Espanha, organizações trabalhistas e sindicatos convocaram a segunda greve geral do ano contra a política econômica do governo, embora o sindicato CSI-F (majoritário entre os funcionários) tenha se afastado da convocação "por responsabilidade".

A greve geral, convocada na Espanha e em Portugal, é parte de uma jornada de "ação e solidariedade" em toda a Europa.

Em Portugal, país sujeito às condições do resgate financeiro concedido em maio do ano passado, esta será a terceira greve nacional em 16 meses de governo conservador, embora desta vez o segundo maior sindicato, (UGT, socialista), tenha declinado de participar da iniciativa da primeira central sindical portuguesa, (CGTP, comunista), apesar de ressaltar que compartilha a rejeição às medidas de austeridade.
Na Grécia, a principal confederação de sindicatos de trabalhadores do setor privado, GSEE, convocou para quarta-feira uma paralisação de três horas.

Embora inicialmente houvesse sido convocada uma greve geral, o fato de se ter realizado uma de 48 horas na semana passada fez com que os sindicatos se repensassem sua atitude e a jornada incluirá uma manifestação no centro de Atenas.

O principal sindicato da Itália, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), convocou com outros sindicatos setoriais menores uma greve de quatro horas para esse dia.

Além de fazer parte de uma jornada reivindicativa europeia, essa paralisação parcial pretende expressar o protesto concreto contra os Orçamentos para 2013 do Executivo do primeiro-ministro da Itália, Mario Monti.

Os cinco grandes sindicatos franceses convocaram funcionários públicos e particulares a participar do protesto europeu em concentrações e manifestações na maior parte dos departamentos do país, com a intenção de pedir a coordenação de políticas econômicas, integrando as dimensões sociais e as medidas de solidariedade.

Na Bélgica não foi convocada greve geral, mas setores como o do siderúrgico e o ferroviário devem parar suas atividades, enquanto a CES e as centrais belgas protestarão contra a austeridade perante as embaixadas de Espanha, Portugal, Grécia, Chipre, Irlanda e Alemanha, e farão uma marcha até a sede da CE, onde uma delegação se reunirá com o chefe do Executivo comunitário, José Manuel Durão Barroso.
As ações de solidariedade começarão na noite de amanhã na Alemanha com um desfile noturno com postes de luz em Aachen, enquanto a Confederação Alemã de Sindicatos anunciou para quarta-feira atos em várias cidades do país, destacando uma manifestação convocada em Berlim junto ao emblemático Portão de Brandeburgo.

No Reino Unido, a chamada Coalizão da Resistência organizou um protesto perante a sede londrina da Comissão Europeia, que conta com o apoio da Confederação de Sindicatos Britânicos (TUC, na sigla em inglês); enquanto na Irlanda não está prevista nenhuma ação sindical.

Os sindicatos holandeses organizarão uma conferência com convidados nacionais e estrangeiros para expressar sua solidariedade com os trabalhadores em dificuldades de toda a Europa; e em Luxemburgo os sindicatos planejam ações elucidativas nas empresas e se reunirão com o primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker.

Por sua vez, a Confederação de Sindicatos (ÖGB) da Áustria decidiu limitar sua participação a uma coleta pública de assinaturas em postais especiais que levam o lema "todos somos gregos" e que posteriormente serão enviadas aos sindicatos da Grécia como demonstração de solidariedade.

fonte: terra.com.br

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