Uma greve dos funcionários da empresa de distribuição Presstalis prejudicou nesta quarta-feira a circulação dos principais jornais franceses. Os gráficos vinculados ao Sindicato Geral do Livro e da Comunicação fazem uma paralisação de 24 horas contra uma demissão em massa.
A maioria dos diários de Paris, incluindo "Le Monde", "Le Figaro" e "Libération", decidiram não imprimir seus exemplares por considerar que não seriam entregues às bancas. Todos eles disponibilizaram o conteúdo da edição de hoje na internet.
Apenas o "Le Parisien" conseguiu chegar aos pontos de distribuição, ao contrário da versão regional da publicação da capital, "Aujourd'hui en France". Em editoriais, as publicações criticaram a paralisação e a qualificaram como restrição à liberdade de imprensa.
Mais crítico dos movimentos sindicais, o "Le Figaro" defendeu a reestruturação da distribuidora Presstalis, que vai demitir metade dos seus 2.500 funcionários. "A reestruturação é essencial para enfrentar a diminuição do volume de negócios e os custos da alta inflação".
O jornal ainda considerou que o movimento ameaça a existência dos jornais franceses e disse não aceitar as paralisações, que chamou de "bloqueios violentos".
O "Libération" lamentou a greve, que, segundo a publicação, é a trigésima a impedir a circulação dos jornais desde outubro. "Foram trinta oportunidades perdidas para o encontro com a imprensa crítica: a que enerva e irriga o espaço público e dá forma ao debate democrático".
fonte: folhasp.com.br
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