quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Trabalhadores do complexo da Petrobras ameaçam parar na sexta


Os empregados das obras do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), um dos maiores projetos da Petrobras em andamento, ameaçam entrar em greve novamente na sexta-feira --o que seria a sexta paralisação realizada no empreendimento desde o início das obras, em 2008.

Segundo o secretário do Sinticom (Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Montagem, Manutenção e Mobiliário de São Gonçalo, Itaboraí e Região ) Luis Augusto Rodrigues, os trabalhadores, que pertencem ao setor da construção civil, não aceitaram a proposta de aumento salarial de 5,5% oferecido pelos dois sindicatos patronais que representam os 24 consórcios envolvidos na obra.

Os trabalhadores querem entre 12% de aumento salarial, mais ajuste do tiquete alimentação de R$ 350 para R$ 450 por mês e o pagamento das horas extras pelo tempo que levam para chegar ao trabalho.

Nesta quarta-feira, os trabalhadores já estariam fazendo uma operação padrão, segundo Rodrigues.

A perspectiva de uma greve atrasaria ainda mais a execução da obra, que deveria ser entregue em setembro deste ano mas já havia sido adiada para 2014.

Essa preocupação levou o Sindemon (Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do RJ) e o Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada) a convocar os trabalhadores a não dar prosseguimento ao movimento de greve.

PATRÕES

Em nota, os sindicatos patronais afirmaram que não foram avisado da paralisação e que continuam abertos à negociação.

Ele lembram que em abril do ano passado, após uma greve, os empregados do Comperj foram reajustados em média em 10,5% e o vale alimentação subiu para R$ 300.

"Os pisos salariais daqui são bem maiores do que os de outras regiões do país, o vale alimentação também é o maior, já tivemos quatro reuniões para negociar a renovação. Não há motivo para greve", afirmou o advogado do Sindemon, Almir Ferreira Gomes, afirmando que os sindicatos estão abertos à negociação.

O empreendimento, que faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Desenvolvimento), fica no município de Itaboraí, no Rio de Janeiro.

O Comperj será um complexo industrial onde serão produzidos, numa mesma área, derivados de petróleo e produtos petroquímicos de primeira e segunda geração.

A etapa inicial do empreendimento prevê uma refinaria com capacidade para processar 165 mil barris de petróleo por dia, abastecendo o mercado com óleo diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação, coque, GLP (gás de cozinha) e óleo combustível.

fonte: folhasp.com.br

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