Os empregados das obras do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), um dos maiores projetos da Petrobras em andamento, ameaçam entrar em greve novamente na sexta-feira --o que seria a sexta paralisação realizada no empreendimento desde o início das obras, em 2008.
Segundo o secretário do Sinticom (Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Montagem, Manutenção e Mobiliário de São Gonçalo, Itaboraí e Região ) Luis Augusto Rodrigues, os trabalhadores, que pertencem ao setor da construção civil, não aceitaram a proposta de aumento salarial de 5,5% oferecido pelos dois sindicatos patronais que representam os 24 consórcios envolvidos na obra.
Os trabalhadores querem entre 12% de aumento salarial, mais ajuste do tiquete alimentação de R$ 350 para R$ 450 por mês e o pagamento das horas extras pelo tempo que levam para chegar ao trabalho.
Nesta quarta-feira, os trabalhadores já estariam fazendo uma operação padrão, segundo Rodrigues.
A perspectiva de uma greve atrasaria ainda mais a execução da obra, que deveria ser entregue em setembro deste ano mas já havia sido adiada para 2014.
Essa preocupação levou o Sindemon (Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do RJ) e o Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada) a convocar os trabalhadores a não dar prosseguimento ao movimento de greve.
PATRÕES
Em nota, os sindicatos patronais afirmaram que não foram avisado da paralisação e que continuam abertos à negociação.
Ele lembram que em abril do ano passado, após uma greve, os empregados do Comperj foram reajustados em média em 10,5% e o vale alimentação subiu para R$ 300.
"Os pisos salariais daqui são bem maiores do que os de outras regiões do país, o vale alimentação também é o maior, já tivemos quatro reuniões para negociar a renovação. Não há motivo para greve", afirmou o advogado do Sindemon, Almir Ferreira Gomes, afirmando que os sindicatos estão abertos à negociação.
O empreendimento, que faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Desenvolvimento), fica no município de Itaboraí, no Rio de Janeiro.
O Comperj será um complexo industrial onde serão produzidos, numa mesma área, derivados de petróleo e produtos petroquímicos de primeira e segunda geração.
A etapa inicial do empreendimento prevê uma refinaria com capacidade para processar 165 mil barris de petróleo por dia, abastecendo o mercado com óleo diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação, coque, GLP (gás de cozinha) e óleo combustível.
fonte: folhasp.com.br
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