quarta-feira, 6 de março de 2013

Funcionários voltam a protestar no terceiro dia de greve da Iberia

Funcionários da Iberia usam máscaras e amarram as mãos em posição de condenados à morte em protesto na sede da empresa
Cerca de mil funcionários da Iberia voltaram a protestar nesta quarta-feira, terceiro dia da segunda semana de greve programada da companhia aérea. A paralisação provocou o cancelamento de 1.300 voos em cinco dias, sendo oito para o Brasil.

As frequências canceladas para o país são os voos 6820, que sairia do aeroporto de Guarulhos com destino a Madri, e 6821, no sentido contrário, entre terça (5) e sexta (8). Foram mantidos, no entanto, os voos 6824 e 6825, entre a capital espanhola e São Paulo, e 6026 e 6027, entre Rio e Madri.

 A informação é da Infraero, que administra os aeroportos brasileiros, da Aena, que controla os terminais espanhóis, e da própria companhia. Nos próximos dias, a previsão da empresa é que outros seis voos entre Madri e São Paulo sejam cancelados.

A Iberia informa que o resto do serviço está sendo cumprido e que os passageiros afetados deverão ligar para 0800-886-8266 no Brasil e 902 400 500 na Espanha para remarcar o voo, ser realocado em outra companhia ou recuperar o valor da passagem.

No terceiro dia de greve, os funcionários se reuniram em frente ao prédio da companhia, em Madri, fizeram um apitaço e soltaram fogos de artifício. O grupo também estendeu faixas, que pediam a retomada de cerca de 3.800 postos de trabalho.

Os funcionários reivindicam a retomada dos postos de trabalho e a recuperação das estruturas aeroportuárias, que serão reduzidas em 15% após a fusão da empresa com a British Airways. A maioria dos postos de trabalho perdidos será na Europa.

Para os sindicatos, o plano de reestruturação quer desmontar a Iberia para beneficiar a British Airways, que passa por uma grave crise financeira e tem um deficit de € 6 bilhões (R$ 19 bilhões) em seus fundos de pensão.

MEDIADOR

Nesta quarta, o mediador entre a empresa e os sindicatos, Gregorio Tudela, enviou uma proposta para que o número de postos de trabalho retirados seja de cerca de 3.100, contra as 3.800 previstas. A proposição inclui também redução de salário de 7% para o pessoal de terra e 14% para os tripulantes dos voos.

O número de demissões é 30% menor do que o anunciado em novembro, quando a Iberia queria demitir 4.500 funcionários. Devido ao corte, foram convocadas as greves a partir de janeiro. Se não houver acordo nas próximas duas semanas, está prevista uma nova paralisação entre 18 e 22 deste mês.

A próxima paralisação de cinco dias coincidirá com outra greve convocada pela portuguesa TAP, entre 21 e 23 de março, que também deverá prejudicar o tráfego entre a Europa e o Brasil. A Iberia diz que as greves causaram perdas diárias de € 3 milhões (R$ 7,8 milhões).

fonte: folhasp.com.br

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