segunda-feira, 31 de março de 2014

Assembleia de educadores do Paraná aprova greve geral a partir do dia 23 de abril

Mais de mil educadores e um consenso: a categoria está decepcionada com o descaso e com a lentidão nas negociações com o governo do estado do Paraná. Trabalhadores e trabalhadoras da Educação representando todos os 29 Núcleos Regionais da APP-Sindicato no Paraná, estiveram presentes na assembleia que decidiu pela deflagração da greve geral da categoria.

Após uma manhã de intensos debates sobre a conjuntura política, estrutural e econômica do Paraná e a da análise histórica e minuciosa do trabalho da APP na defesa dos direitos da categoria, a quase totalidade dos educadores e educadoras decidiu, em votação democrática, pela intensificação do calendário de mobilizações para os meses de abril e maio. Haverá greve geral nas escolas públicas e estaduais a partir do dia 23 de abril.

“Já é uma greve histórica na educação do Paraná. Esta foi a única maneira encontrada para que o governador Beto Richa atenda a pauta da educação. A militância CUTista estará junto nas ruas apoiando a greve da APP-Sindicato”, afirmou a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz. 

A Assembleia também aprovou a realização de um acampamento em frente ao Palácio Iguaçu nos dias 23, 24 e 25 de abril, e a continuidade da campanha “Hora-atividade pra Valer”.

Os(as) educadores cobram, entre outros, os 33% de hora-atividade; a implantação do Piso Nacional para o professor (mínimo de 8,32%); o reajuste no mesmo índice do Piso Regional (7,34%) para os funcionários(as) de escolas; o pagamento das promoções e progressões em atraso; o fim do corte do auxílio transporte para os(as) afastados por licença médica; melhoria do contrato PSS, e a implantação de um novo modelo de atendimento à saúde do funcionalismo público.

A votação expressa a atuação do Sindicato diante das insistentes negativas do governo. Para a presidenta da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho, esta assembleia foi positiva. "Todos nós estávamos favoráveis à greve. Agora a categoria precisa se organizar para construir o movimento para fazer com que o governo atenda as nossas propostas". O secretário de Imprensa da APP, professor Luiz Carlos Paixão reforça que a greve é uma das formas de pressionar o governo do Estado. "Mais uma vez a categoria mostrou sua força e unidade. Agora todos nós temos o desafio e a tarefa de construir a partir do seu local de trabalho uma greve histórica para a educação do Paraná. Caso o governo não queira a greve, que apresente uma proposta concreta para o atendimento dos principais reivindicações da categoria”, salienta o professor.

Confira o calendário de mobilização aprovado pela assembleia:

30 de março até 30 de abril – realização de assembleias regionais em todos os núcleos sindicais da  APP-Sindicato Sindicais da APP.
Dia 8 de abril – Encontro Estadual de diretores e diretoras da escolas sobre o porte de escola.
Dia 9 de abril – Marcha da classe trabalhadora, em São Paulo, na Pça da Sé às 9h. Envio de caravana do Paraná.
Dia 14 de abril – Mobilização com vigília dos aposentados e aposentadas pela implantação do nível II na tabela. (10 horas reunião na APP, 14 horas mobilização na Alep e 17h até 00h vigília no Palácio Iguaçu).
Dia 23 de abril – início da greve dos(as) educadores(as) paranaenses.
Do dia 23 até 25 – Acampamento em frente ao Palácio Iguaçu em Curitiba. Durante o acampamento será realizada  devolução simbólica do Cartão Saúde do Governo.
Do dia 24 até 30 de abril – 15ª Semana Nacional em Defesa da Educação Pública, organizada pela CNTE.
29 de abril -  Ato Público em Curitiba.

Ações que antecedem à greve 
Outra decisão da assembleia foi a realização de recepções ao governador em suas atividades nos municípios do Paraná. A campanha "Hora-atividade pra Valer" continua. Os(as) presentes aprovaram por unanimidade a continuação da campanha nas seguintes datas: 4, 10, 16 e 22 de abril.

A Assembleia Estadual deste dia 29 não foi encerrada. A categoria continua em assembleia  permanente. O que significa, que a qualquer momento a direção do sindicato poderá reinstalá-la.  

Prestação de contas
Antes da realização da assembleia extraordinária que deliberou pelo início da greve, houve uma assembleia geral ordinária com a prestação de contas da entidade referente ao ano de 2013 e a apresentação do Plano Anual de Aplicação Orçamentária para 2014. Após a leitura detalhada dos documentos e da exposição dos pareceres favoráveis do Conselho Fiscal da APP, tanto o balanço financeiro e patrimonial gerado no ano passado, como a previsão de investimentos para este ano, foram aprovados por unanimidade dos participantes.

O secretário de Finanças da APP-Sindicato, professor Miguel Baez, explica que a entidade aprimora ano após ano sua gestão financeira e administrativa e considerou sobre o crescimento do Sindicato. ‘Com o atual ritmo de crescimento da APP, tanto em estrutura física, quanto em número de sindicalizados, temos a certeza que em 2014 teremos números ainda mais otimistas’, avaliou o secretário.

Confira aqui a pauta emergencial de reivindicação dos(as) trabalhadores da educação.
Confira aqui o áudio da presidenta da APP-Sindicato sobre a greve do dia 23 de abril.

fonte: cut.org.br

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