quarta-feira, 12 de março de 2014

No estado de SP: Professores escolas técnicas e Agentes penitenciários seguem em greve!

Greve dos agentes penitenciários em SP atinge 90% dos presídios, diz sindicato.

Paralisação chegou ao terceiro dia nesta quarta e causa tensão nos presídios; categoria quer aumento de 20%, entre outras demandas.

No terceiro dia de paralisação, a greve dos agentes penitenciários de São Paulo atingiu nesta quarta-feira,12, 90% das 158 unidades prisionais do Estado, informou o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo Sindasp. "Cerca de 130 unidades aderiram ao nosso movimento", disse o presidente do Sindasp, Daniel Grandolfo.

Segundo ele, unidades como as de Guarulhos, Baixada Santista (São Vicente e Praia Grande), Taubaté, Tremembé e Potim, entre outras, aderiram na manhã desta quarta. "A divulgação do nosso movimento foi muito importante para que a paralisação ganhasse essa força", afirmou. "Mas o fato de o governo apresentar uma proposta abaixo das expectativas dos trabalhadores, também contou muito", completou o sindicalista.

Outro fator que causou o aumento da adesão, segundo agentes ouvidos pela reportagem, foram as sindicâncias administrativas abertas pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) para punir os agentes grevistas. "Isso nos revoltou muito e nossos companheiros, ao ficarem sabendo dessa punição administrativa decidiram se juntar a nós", contou um dos agentes.

O crescimento da paralisação também ocorre um dia após de o Governo do Estado apresentar uma proposta, não aceita pela categoria, para pôr fim ao movimento. O governo concordou em reajustar o adicional de insalubridade, reduzir uma das oito classes de carreira (os agentes pedem a redução de duas) e pagar R$ 160 para agentes que trabalharem em dias de folga.

Mas o que decepcionou os servidores foi a recusa do governo em conceder a correção salarial (agentes pedem 20,64%), o aumento real de 5%, e o pagamento do bônus de assiduidade. "Pelo menos a redução de duas classes e o pagamento do bônus a gente acreditaria que ele (governo) fosse conceder", disse Grandolfo.

O comando da greve comunicou na manhã desta quarta-feira a SAP do resultado das assembleias que recusaram a proposta do governo e a decisão pela continuidade do movimento. "Agora esperamos uma nova proposta do Governo do Estado para a gente discutir se encerra ou não a paralisação", disse o sindicalista.

fonte: folhasp.com.br

Profissionais do ensino técnico paulista denunciam ameaças para suspender greve

Segundo sindicato, ameaças vão de corte de ponto a substituição de grevistas. Paralisação já dura 23 dias, com adesão de 102 de um total de 322 escolas.

Professores, funcionários e alunos das Escolas Técnicas Estaduais (Etec) e das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatec) denunciaram hoje (11) que têm recebido ameaças do Centro Paula Souza. A autarquia é responsável pelas unidades de ensino, responde ao governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e adota, segundo os profissionais que realizaram ato de protesto na Avenida Paulista, o caminho errado para lidar com a greve. A paralisação do setor já dura 23 dias e conta com a adesão de 102 dos 322 centros educacionais.

Pelo menos 300 manifestantes de dez cidades paulistas seguiram em passeata até a Assembleia Legislativa para exigir aprovação das emendas que modificam o projeto de plano de carreira enviado à Casa pelo governo em 28 de fevereiro. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sintep), o documento – que começou a ser elaborado em 2011 por uma consultoria privada – propõe rebaixamento salarial e corte de benefícios como auxílio alimentação, auxílio transporte e plano de saúde.

As ameaças recebidas pelos professores e funcionários incluem corte de ponto e substituição de profissionais em greve, segundo o sindicato. “Devido à pressão, algumas unidades saíram, mas outras entraram, o que mantém a mobilização”, diz a tesoureira da entidade, Denise Rykala. “Estamos em uma corrida contra o tempo, porque temos até 5 de abril para aprovar o plano. Se isso não ocorrer, vamos ficar mais um ano sem o documento, devido ao calendário eleitoral.”

A professora de Língua Portuguesa Cristina Rick, da Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado, em Campinas, denunciou que tem recebido ameaças em sua casa para retomar as aulas. “Quando o plano foi entregue à Assembleia chegamos a pensar em uma outra forma de mobilização que não a greve. Mas na sequência o Centro Paula Souza nos enviou um e-mail ameaçando cortar os pontos. Por conta dessa postura, decidimos manter a paralisação. Mesmo com as dificuldades, esse e-mail mostra que estamos incomodando.”

O deputado federal Ivan Valente (Psol), que participou do ato, criticou a “truculência” com que o governo Alckmin tem tratado professores e funcionários. “Não vamos arredar o pé até que o governo cumpra a sua promessa. Já levamos as emendas para o Congresso Nacional, para buscar apoio”, disse. A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Virgínia Barros, lamentou as ameaças. “Essa é uma luta de todos, por um futuro mais democrático e próspero para São Paulo”, disse.

fonte: redebrasilatual.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário