Atenas acordou paralisada nesta terça-feira, com gigantescos engarrafamentos provocados por uma greve de 24 horas dos transportes públicos contra um projeto de cortes salariais nas empresas de interesse público (DEKO).
Na capital grega não circulam nesta terça ônibus, trens, bondes ou o metrô. Várias manifestações estão previstas para o meio-dia em frente ao parlamento.
O projeto de lei que gerou os protestos, exigido pela UE (União Europeia) e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), prevê cortes de 10 a 25% nos salários superiores a 1.800 euros (US$ 2.381) mensais nas DEKO.
O conselho de ministros também examinará durante o dia outro projeto de lei, para reestruturar as empresas de transporte público de Atenas, incluindo novas reduções salariais e cortes.
Os funcionários destas empresas também vão parar na quarta-feira, quando foi convocada uma greve geral na Grécia como parte da mobilização europeia contra a austeridade. Outra paralisação de 24 horas está prevista para quinta.
A mobilização dos transportes coincide com um protesto sindical geral contra uma segunda reforma, cuja aprovação está prevista para esta terça, que abre caminho para reduções salariais e novas demissões no setor privado, através de uma redução dos convênios coletivos que favorece os contratos das empresas.
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