Após 37 dias de greve, os funcionários da Volkswagen do Paraná aceitaram hoje a nova proposta da montadora e encerraram a paralisação. Nesse período mais de 20 mil veículos deixaram de ser produzidos, segundo a empresa.
Os empregados receberão R$ 11,5 mil de PLR (participação nos lucros e resultados), R$ 500 a menos do valor que inicialmente pediam. A primeira parcela, de R$ 5.200, será paga na próxima semana. A segunda, no valor de R$ 6.300, deverá ser paga em janeiro de 2012 e dependerá do cumprimento de metas de produção.
No ano passado, os trabalhadores da montadora receberam R$ 9.000 de PLR.
"Não houve vencedores, nem perdedores. Quem venceu foi o diálogo. O prejuízo principal dessa paralisação foi o conflito tão longo entre as trabalhadores e empresas", diz Nilton Junior, diretor de Relações Trabalhistas da Volks.
Inicialmente os trabalhadores reivindicavam R$ 12 mil de PLR, sendo a primeira parcela de R$ 6.000. A empresa ofereceu R$ 4.605.200, valor pago em outras fábricas da Volkswagen.
Segundo a empresa, os trabalhadores poderão optar entre descontar os dias parados de uma vez só do salário ou de dois dias no salário deste mês até junho de 2012. A greve durou 37 dias corridos, sendo que a produção ficou parada 28 dias.
Além dos valores da PLR deste ano, sindicalistas e empresa acertaram o valor da primeira parcela da PLR de 2012. Serão pagos 52% do valor total negociado neste ano, o que corresponde a R$ 5.980. O restante dependerá do cumprimento de metas de produção.
"Fechamos também a negociação sobre o reajuste para a data-base deste ano. Em setembro, os trabalhadores receberão reajuste integral da inflação mais aumento real de 2,5%, além de abono de R$ 2.100 que será pago em setembro e outro abono no mesmo valor em 30 de dezembro deste ano", diz o diretor de RH.
No ano passado, os trabalhadores tiveram 5,5% de aumento real, além de reposição da inflação (4,29%).
As negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba também incluíram jornada extra de seis sábados adicionais neste ano e outros dez em 2012 para atender a demanda.
Segundo Nilton Junior, outro ponto acordo foi a grade salarial dos trabalhadores. São seis graus salariais na empresa, sendo que o primeiro varia de R$ 1.500 a cerca de R$ 2.000. "A primeira faixa terá reajuste de 5% em janeiro de 2012 e outros 5% em janeiro de 2013. Nos demais graus, o reajuste será de 2,5% nos mesmos períodos."
O diretor de RH afirma ainda que será necessário "tempo" para refletir sobre a greve e o que "ocorreu com as relações trabalhistas" no Paraná. "Só assim conseguiremos falar em investimentos e futuro. Será preciso exercitar as relações trabalhistas para tirar essa mancha, que ficou."
PRODUÇÃO
A fábrica da segunda maior montadora do país em vendas é uma das mais novas da Volkswagen no mundo e produz os modelos Fox, Cross Fox e Golf. Durante a paralisação deixou de produzir cerca de 22 mil veículos, avaliados em R$ 1,1 bilhão, segundo informação do sindicato.
A greve chegou a causar escassez de veículos em concessionárias da marca no país, em um momento em que o Brasil se consolida como quarto maior mercado mundial, segundo dados da rede de distribuidores.
A mobilização dos trabalhadores na Volkswagen em São José dos Pinhais começou junto com manifestações nas vizinhas Renault e Volvo, que aceitaram no início de maio PLRs de R$ 12 mil e R$ 15 mil exigidos pela entidade sindical.
Os empregados receberão R$ 11,5 mil de PLR (participação nos lucros e resultados), R$ 500 a menos do valor que inicialmente pediam. A primeira parcela, de R$ 5.200, será paga na próxima semana. A segunda, no valor de R$ 6.300, deverá ser paga em janeiro de 2012 e dependerá do cumprimento de metas de produção.
No ano passado, os trabalhadores da montadora receberam R$ 9.000 de PLR.
"Não houve vencedores, nem perdedores. Quem venceu foi o diálogo. O prejuízo principal dessa paralisação foi o conflito tão longo entre as trabalhadores e empresas", diz Nilton Junior, diretor de Relações Trabalhistas da Volks.
Inicialmente os trabalhadores reivindicavam R$ 12 mil de PLR, sendo a primeira parcela de R$ 6.000. A empresa ofereceu R$ 4.605.200, valor pago em outras fábricas da Volkswagen.
Segundo a empresa, os trabalhadores poderão optar entre descontar os dias parados de uma vez só do salário ou de dois dias no salário deste mês até junho de 2012. A greve durou 37 dias corridos, sendo que a produção ficou parada 28 dias.
Além dos valores da PLR deste ano, sindicalistas e empresa acertaram o valor da primeira parcela da PLR de 2012. Serão pagos 52% do valor total negociado neste ano, o que corresponde a R$ 5.980. O restante dependerá do cumprimento de metas de produção.
"Fechamos também a negociação sobre o reajuste para a data-base deste ano. Em setembro, os trabalhadores receberão reajuste integral da inflação mais aumento real de 2,5%, além de abono de R$ 2.100 que será pago em setembro e outro abono no mesmo valor em 30 de dezembro deste ano", diz o diretor de RH.
No ano passado, os trabalhadores tiveram 5,5% de aumento real, além de reposição da inflação (4,29%).
As negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba também incluíram jornada extra de seis sábados adicionais neste ano e outros dez em 2012 para atender a demanda.
Segundo Nilton Junior, outro ponto acordo foi a grade salarial dos trabalhadores. São seis graus salariais na empresa, sendo que o primeiro varia de R$ 1.500 a cerca de R$ 2.000. "A primeira faixa terá reajuste de 5% em janeiro de 2012 e outros 5% em janeiro de 2013. Nos demais graus, o reajuste será de 2,5% nos mesmos períodos."
O diretor de RH afirma ainda que será necessário "tempo" para refletir sobre a greve e o que "ocorreu com as relações trabalhistas" no Paraná. "Só assim conseguiremos falar em investimentos e futuro. Será preciso exercitar as relações trabalhistas para tirar essa mancha, que ficou."
PRODUÇÃO
A fábrica da segunda maior montadora do país em vendas é uma das mais novas da Volkswagen no mundo e produz os modelos Fox, Cross Fox e Golf. Durante a paralisação deixou de produzir cerca de 22 mil veículos, avaliados em R$ 1,1 bilhão, segundo informação do sindicato.
A greve chegou a causar escassez de veículos em concessionárias da marca no país, em um momento em que o Brasil se consolida como quarto maior mercado mundial, segundo dados da rede de distribuidores.
A mobilização dos trabalhadores na Volkswagen em São José dos Pinhais começou junto com manifestações nas vizinhas Renault e Volvo, que aceitaram no início de maio PLRs de R$ 12 mil e R$ 15 mil exigidos pela entidade sindical.
fonte: folhasp.com.br
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