quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Maioria dos bancários aceita proposta dos bancos privados e do Banco do Brasil, mas recusa da Caixa


No nono dia de greve nacional, a maioria das assembleias dos bancários aprovou nesta quarta-feira 26 a nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), conforme informações enviadas pelos sindicatos até as 21h para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Também foi aceita a proposta para as reivindicações específicas dos funcionários do Banco do Brasil, mas a maioria das assembleias rejeitou a da Caixa Econômica Federal.

Com isso, os bancários de bancos privados e do BB de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Campo Grande e estados como Piauí, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima e Alagoas, dentre outros, voltam ao trabalho nesta quinta-feira 27.

Já os empregados da Caixa decidiram permanecer em greve em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Pará, Ceará, Bahia e Sergipe, dentre outros. "Vamos fortalecer a greve na Caixa, buscando cobrar mais avanços para os trabalhadores", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

A Contraf-CUT vai encaminhar nesta quinta-feira uma carta para a direção da Caixa, solicitando a retomada das negociações específicas.

Avanços econômicos e sociais

A nova proposta da Fenaban, que foi apresentada ao Comando Nacional no oitavo dia de greve, eleva o reajuste nos salários de 6% para 7,5% (2% de aumento real), contém um acréscimo de 8,5% no piso salarial e nos auxílios-refeição e alimentação (ganho real de 2,95%) e aumenta 10% no valor fixo da regra básica e no limite da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). 

"Com mobilização e greves, os bancários conquistaram nos últimos nove anos consecutivos aumento real de salário, acumulando 13,22% nos salários e 35,57% no piso, de acordo com o INPC", destaca Cordeiro.

A Fenaban aceitou a reivindicação de que os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica sejam mantidos pelos bancos até que seja regularizada a situação junto ao INSS. Há inúmeros casos em que o trabalhador recebe a alta programada do INSS, mas acaba sendo considerado inapto no exame de retorno ao trabalho realizado pelos bancos, ficando sem benefício do INSS e sem salário.

"Os bancos aceitaram ainda a proposta do Comando de realizar um novo censo na categoria para verificar questões como gênero e raça, na perspectiva da igualdade de oportunidades, nos moldes do Mapa da Diversidade, feito em 2008", salienta o dirigente sindical.

Além disso, a Fenaban também assumiu o compromisso com a proposta do Comando de fazer um projeto-piloto para experimentar medidas defendidas pelos bancários e vigilantes para a melhoria da segurança nos bancos, como portas de segurança, biombos entre a fila e os caixas, e divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos, dentre outras demandas. A Fenaban indicou as cidades de Recife, Olinda e Jaboatão para a realização do projeto-piloto, com participação e acompanhamento dos bancários nas etapas.

Não desconto dos dias parados

Os dias de greve não serão descontados dos bancários. A reivindicação do Comando Nacional era anistia, mas a Fenaban não aceitou e apresentou a mesma regra do ano passado de compensação até 15 de dezembro. Assim, os dias parados serão compensados em, no máximo, duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, exceto sábados, domingos e feriados. O que ultrapassar esse período não será considerado.

fonte: cut.org.br

Bancários encerram greve em SP, DF e 11 Estados

Os bancários que trabalham em instituições privadas e os funcionários do Banco do Brasil aprovaram em assembleias na noite de ontem em São Paulo, o fim da greve da categoria, que teve início no dia 18. Somente os funcionários da Caixa Econômica Federal decidiram manter a paralisação.

Na terça-feira, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) propôs ao comando nacional dos Bancários reajuste salarial de 7,5%, o que representa aumento real de 2%. A oferta dos banqueiros agradou aos sindicalistas, que sinalizaram o fim da greve.

Além de São Paulo, bancários de instituições privadas de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Campo Grande e de Estados como Pernambuco, Piauí, Mato Grosso, Alagoas, Roraima e Rondônia decidiram aprovar a proposta da Fenaban e voltar ao trabalho hoje. Somente os bancários do Ceará decidiram manter a greve.

O levantamento está sendo feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que acompanha as assembleias em todo o País entre ontem e hoje.

As assembleias de funcionários da Caixa e do Banco do Brasil foram realizadas separadamente por causa das demandas específicas dos funcionários dos dois bancos. Em São Paulo, os funcionários da Caixa rejeitaram a proposta da Fenaban. O mesmo ocorreu em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e nos Estados do Pará, Ceará, Bahia e Sergipe.

Em São Paulo, os trabalhadores apenas votaram a oferta da Fenaban, sem especificar as demandas que ainda não foram atendidas. Hoje fazem nova assembleia para listar essas reivindicações.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, a proposta da Fenaban "foi aprovada por unanimidade" pelos bancários do setor privado, que representam quase 90% dos bancários de São Paulo. Ao todo, a categoria tem 500 mil trabalhadores no País, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

No final de agosto, a Fenaban havia apresentado proposta linear de reajuste de 6% para salários, pisos e benefícios. Os trabalhadores queriam 10,25% de reajuste, com 5% de aumento real.

Em 2011, segundo o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, a categoria ficou parada por 21 dias e recebeu aumento real de 1,5%. Neste ano, com oito dias de mobilização, os bancários conseguiram aumento real de 2%.

Além do aumento salarial, a Fenaban propôs, entre outros itens, 8,5% (2,95% reais) para piso salarial, vale-alimentação e vale-refeição. O piso do caixa sobe de R$ 1.900 para R$ 2.056,89. O vale-alimentação, de R$ 339,08 para R$ 367,92, e o vale-refeição, de R$ 19,78 para R$ 21,46 por dia. Os dias de greve não serão descontados.

fonte: estadao.com.br



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