quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Petroleiros mostram disposição de luta e aderem em massa à greve de 24 horas


Desde a zero hora desta quarta-feira, 26, os petroleiros de todo o país suspenderam por 24 horas suas atividades na maioria das unidades operacionais e administrativas da Petrobrás e subsidiárias. A greve nacional de advertência está tendo adesão em massa da categoria. Em Minas Gerais, por exemplo, a paralisação foi antecipada para as 15h30 de ontem, quando os trabalhadores da Regap cortaram a rendição dos turnos. A refinaria mineira está sendo operada pelo grupo que ingressou às 7h30 de ontem. Também em Manaus, a greve foi iniciada às 23h de terça-feira, quando os trabalhadores da Reman suspenderam as trocas de turno. Na maioria das demais refinarias da Petrobrás, a greve teve início à zero hora desta quarta-feira e prossegue até o final da noite na Bahia (RLAM), Minas Gerais (Regap), Duque de Caxias (Reduc), São Paulo (Recap) e (Replan), Paraná (Repar) e Rio Grande do Sul (Refap).

Além das refinarias, aderiram à greve a maior parte dos trabalhadores dos terminais da Transpetro, termoelétricas, usinas de biodiesel e campos de produção terrestre. Na Bacia de Campos, petroleiros de 41 plataformas suspenderam as emissões de Permissões de Trabalho (PT's) e serviços rotineiros das unidades. No Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Espírito Santo, a maioria das áreas de produção marítimas e terrestres também estão sem emissão de Permissões de Trabalho desde às 7h de hoje. Veja abaixo o quadro nacional das bases da FUP que aderiram à greve de advertência.

A greve de 24 horas foi indicada pela FUP para pressionar a Petrobrás a apresentar uma nova proposta que contemple as principais reivindicações dos petroleiros. O aumento proposto pela empresa no dia 19 (entre 0,9% e 1,2%), além de não atender o pleito dos trabalhadores, está aquém do que tem sido conquistado por outras categorias.

Na sexta-feira, 28, o Conselho Deliberativo da FUP volta a se reunir para discutir um calendário de luta mais contundente. Bancários e trabalhadores dos Correios já estão em greve em todo o país. Portanto, se a Petrobrás não apresentar uma nova proposta com avanços significativos, os petroleiros poderão ser a próxima categoria a cruzar os braços por tempo indeterminado.

QUADRO NACIONAL DA GREVE DE ADVERTÊNCIA NAS BASES DA FUP

AMAZONAS
Na REMAN e na Transpetro,  o corte de rendição começou às 23h, com 98% de participação dos trabalhadores do turno e 50% do pessoal do regime administrativo. No Centro de Excelência da Petrobrás, em Manaus,  98% dos trabalhadores também aderiram à greve. O mesmo acontece na  Diretoria de Gás Natural. Na IERM – SETOR ENGENHARIA DA PETROBRÁS, a adesão é total.


CEARÁ
Na LUBNOR, em Fortaleza, houve uma grande concentração pela manhã, com adesão significativa dos trabalhadores do administrativo e do turno, que atrasaram a rendição. A mobilização contou com participação também dos trabalhadores da Transpetro. No campo de produção de Fazenda Belém, em Icapuí,  houve atrasos de duas horas na entrada do expediente. Nas plataformas marítimas e na Base de Apoio de Paracuru, os trabalhadores suspenderam a emissão de PTs (Permissão de Trabalho).


RIO GRANDE DO NORTE
A greve conta com adesão de 90% dos trabalhadores da Petrobrás no estado. Houve suspensão de Permissões de Trabalho nas plataformas marítimas e campos terrestres de produção. No Pólo Guamaré, foi cortada a rendição dos turnos. Na sede administrativa da Petrobrás, em Mossoró (base 34), os trabalhadores também aderiram à paralisação de 24 horas. Na sede de Natal, houve atrasos de 3 horas na entrada do expediente.

PERNAMBUCO 
Os petroleiros suspenderam as trocas de turno desde a zero no Terminal de Suape e no Gasoduto de Jaboatão, com adesão de 90% dos trabalhadores, inclusive os administrativos. Na sede administrativa da Petrobrás, em Recife, houve participação parcial dos trabalhadores.

BAHIA
Desde a zero hora desta quarta-feira, a greve conta com adesão total dos trabalhadores da RLAM, TEMADRE, OP-CAN, EVF, UPGN, PBio, Taquipe, FAFEN, Miranga e COFIP. Em algumas bases, os trabalhadores terceirizados também retornaram para casa.


MINAS GERAIS
Na REGAP,  o corte de rendição do turno foi realizado às 15h30 de ontem, com participação de 80% dos trabalhadores do turno e do HA. Na Usina de Biodiesel de Montes Claros, o  corte de rendição teve início às 7h30 de hoje, também com participação de 80% dos trabalhadores do turno e do HA.

ESPÍRITO SANTO
Segundo o sindicato, houve suspensão da emissão de Permissões de Trabalho às 07h30 em todas as unidades operacionais da Petrobrás e Transpetro no estado, com participação integral de todos os trabalhadores de turno e administrativo, que continuarão paralisados até às 07h30 de amanhã. Na sede administrativa da Petrobrás, em Vitória, houve uma mobilização pela manhã.

DUQUE DE CAXIAS
Na REDUC e no Terminal de Campos Eliseos (Tecam), há 100% de participação dos trabalhadores do turno, que cortaram a rendição às 7 horas de hoje.  Os trabalhadores do administrativo aderiram parcialmente à greve (30% na Reduc e 85% no Tecam). A Termoelétrica Leonel Brizola também participa da greve, com adesão de 80% dos trabalhadores do turno e 30% do pessoal do administrativo.

NORTE FLUMINENSE
Até o momento, os trabalhadores de 41 plataformas da Bacia de Campos estão na greve nacional de 24 horas. Desde a zero hora desta quarta-feira, eles suspenderam a emissão de Permissões de Trabalho e os serviços rotineiros, mantendo apenas as atividades relacionadas à segurança e habitabilidade das plataformas.


SÃO PAULO
Na REPLAN, houve corte de rendição e não estão sendo emitidas Permissões de Trabalho, com 100% de adesão dos trabalhadores do turno e de 80% dos trabalhadores de regime administrativo.  Na RECAP, foi cortada a rendição à zero hora com 100% de adesão do turno e do HA. A paralisação conta com o apoio do Sindicato dos Químicos. Nos terminais de Barueri, Guararema e Suzano, há 100% de adesão à greve. Na UTE LCP, houve corte na rendição até às 12 horas de hoje. No OSBRA/Terminal de Senador Canedo, houve atraso pela manhã na entrada do expediente. No EDISP II, há paralisação parcial dos trabalhadores.


PARANÁ E SANTA CATARINA
Os trabalhadores da REPAR, SIX e dos terminais da Transpetro (Paranaguá, São Francisco do Sul, Itajaí, Biguaçu e Guaramirim) cortaram a rendição à zero hora e permanecem em greve com 100% de adesão nos turnos e no administrativo.  


RIO GRANDE DO SUL
Desde à zero hora, os trabalhadores da Refap, UTE Sepe Tiarajú, Tedut e Terig suspenderam a troca de turno.

Greve dos petroleiros teve 90% de adesão

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que chegou a 90% a adesão da categoria à greve de um dia deflagrada ontem em todo o país. Sem estimar o porcentual de trabalhadores parados, a Petrobrás divulgou que a paralisação não causou prejuízos nem à produção nem ao abastecimento do mercado.

"As atividades operacionais da empresa estão dentro da normalidade, com a garantia de todas as condições de segurança de seus trabalhadores e instalações", informou a companhia, em nota.

De acordo com a FUF, a maioria dos cerca de 40 mil funcionários concursados da Petrobrás aderiram ao movimento, que reivindica aumento real (descontada a inflação) de 10% nos salários.

A companhia apresentou na semana passada contraproposta de 6,5%, mais gratificação paga em uma parcela somente. A categoria não concordou e decidiu fazer uma greve de advertência.

A entidade que representa os petroleiros divulgou que as refinarias do Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Estado do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul não promoveram troca de turnos, procedimento também adotado nos terminais, termoelétricas, usinas de biodiesel e campos de produção terrestre nos Estados.

Nas bases do Norte Fluminense, ainda segundo a FUP, 41 plataformas da Bacia de Campos aderiram à greve. Os petroleiros realizaram somente serviços rotineiros das unidades, informou a entidade.

Conforme a FUP informou, todas as unidades marítimas e terrestres no Ceará, Rio Grande de Norte, Bahia e Espírito Santo suspenderam totalmente as atividades a partir das 7 horas de ontem. O trabalho seria retomado à 0h de hoje.

O Conselho Deliberativo da FUP se reúne amanhã para decidir os novos rumos do movimento. "Se a Petrobrás não apresentar uma nova proposta com avanços significativos, os petroleiros poderão ser a próxima categoria a cruzar os braços por tempo indeterminado", afirmou o coordenador-geral da FUP, João Antônio Moraes.

A Petrobrás limitou-se a informar que "aguarda o retorno das entidades sindicais à mesa de negociação e tem a expectativa de chegar a um acordo".

fonte: estadao.com.br

Petroleiros voltam ao trabalho; decidem sobre nova greve na sexta

Os petroleiros retomaram as atividades nesta quinta-feira após paralisação de 24 horas realizada na quarta-feira que não afetou a produção da Petrobras, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Na sexta-feira, o Conselho Deliberativo da entidade se reúne para decidir sobre uma eventual nova greve, desta vez por tempo indeterminado, caso não se chegue a um acordo sobre o reajuste salarial reivindicado, disse nesta quinta-feira o coordenador-geral da FUP, João Antônio de Moraes.

Cerca de 90 por cento dos funcionários de turno e 40 por cento dos empregados da área administrativa nas unidades da estatal contempladas pela FUP aderiram à paralisação na quarta-feira, que não afetou a produção.

Durante as greves dos funcionários, a petrolífera costuma colocar equipes de contingência para operar plataformas e refinarias, mas essas equipes só conseguiriam manter as operações sem prejuízos à produção ou ao abastecimento por no máximo uma semana, segundo uma fonte com conhecimento do funcionamento da estatal.

Doze dos 17 sindicatos dos petroleiros são vinculados à FUP, em um universo de 80 mil trabalhadores do sistema Petrobras, segundo a entidade. Cerca de 30 mil funcionários trabalham em esquema de turnos e 50 mil em horário administrativo.

Os petroleiros reivindicam aumento salarial de 10 por cento, regras claras para pagamento de participações nos lucros e melhores condições de segurança no trabalho, entre outras reivindicações.

A estatal propôs 6,5 por cento de reajuste, com ganho real entre 0,9 e 1,2 por cento, mas a oferta foi rejeitada em todas as assembleias dos petroleiros.

A Petrobras informou que aguarda o retorno das entidades sindicais à mesa de negociação e tem a expectativa de chegar a um acordo.

Mas a FUP disse nesta quinta-feira que a estatal não agendou nenhuma nova reunião para tratar do assunto.

fonte: estadao.com.br

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